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Turismo do Algarve reduz em 13% o consumo de água com selo de eficiência energética

Relatório da ADENE de monitorização do Compromisso com a Eficiência Hídrica para turismo revela que os empreendimentos da região do Algarve que aderiram ao selo “Save Water” reduziram em 13% os consumos de água nos primeiros meses do ano. Neste período, aderiram à plataforma 93 empreendimentos.

Os empreendimentos turísticos da região do Algarve que aderiram ao selo “Save Water”, de eficiência hídrica reduziram em 13% os consumos de água nos primeiros meses do ano, revela o  terceiro relatório de monitorização do Compromisso com a Eficiência Hídrica para o sector do turismo, elaborado pela ADENE – Agência para a Energia.


“A evolução registada indica que, entre 18 de Março e 30 de Setembro de 2024, houve uma redução de 13% no consumo global e de 16% no consumo específico, resultados positivos que contribuem para mitigar o problema de escassez hídrica no Algarve e revelam uma poupança financeira directa para os empreendimentos turísticos algarvios”, lê-se no documento.


O relatório chama a atenção para o facto de os registos dos meses de Agosto e Setembro se terem traduzido numa inversão da tendência de melhoria do desempenho (menos 1% que a redução registada a 31 de Julho), o que, no entanto, não comprometeu o alinhamento com o objectivo de redução global de consumo.


A poupança financeira que resulta da poupança de água é considerável: Os consumos registados entre Janeiro e Setembro de 2024 conduziram a uma economia média de 3.400 euros por empreendimento, o que se “traduz num potencial de poupança anual superior a sete mil euros/ano”. Poderá vir a ser mais, considerando que algumas medidas ainda se encontram em implementação e que não estão a ser contabilizados os custos com energia associados ao consumo de água.


Neste período, aderiram à plataforma 93 empreendimentos turísticos, num total de 650 ET (14%) que representam cerca de 30% das camas disponíveis na região. Os aderentes são maioritariamente hotéis.


“Até agora, os empreendimentos turísticos seleccionaram perto de 2500 medidas, cerca de metade das quais estruturantes, sendo as intervenções ao nível dos dispositivos e nos sistemas de rega as mais seleccionadas, seguidas de melhorias no sistema de gestão e manutenção e nos equipamentos”, refere o relatório, segundo o qual cerca de metade das medidas adoptadas já foram implementadas.


A ADENE revela também que está a trabalhar em articulação com o Turismo de Portugal, I.P. e a Região de Turismo do Algarve, para alargar os trabalhos às actividades de alojamento local.


De referir que o selo de eficiência hídrica “Save Water” aplicável aos hotéis e demais empreendimentos turísticos é uma medida coordenada pela Região de Turismo do Algarve (RTA), em articulação com o Turismo de Portugal, tendo a ADENE, a responsabilidade de assegurar a monitorização dos consumos reportados pelos aderentes na Plataforma Compromisso com a Eficiência Hídrica, bem como alcançado na aplicação das medidas.


A iniciativa resulta da Resolução de Conselho de Ministros (RCM) n.º 26-A/2024, de 20 de Fevereiro, que reconheceu a situação de alerta na região do Algarve por motivo de seca e aprovou um quadro de resposta abrangendo o abastecimento público, o turismo e a agricultura. Mais tarde, o âmbito de aplicação do selo de eficiência hídrica a outras actividades: alojamento local, restauração, empresas de animação turística e rent-a-car e foi revisto em baixa (de 15% para 13%) o objectivo de redução do volume de água consumido pelo sector urbano no qual se inclui o turismo.


De acordo com o relatório da ADENE, a poupança de água alcançada contribui para mitigar o problema de escassez hídrica no Algarve, mantendo-se a recomendação de um reforço da divulgação com vista a um incremento da adesão à iniciativa. Recomenda-se ainda a intensificação do esforço de divulgação com vista a um incremento da adesão à iniciativa.


A ADENE é responsável por diversas iniciativas no domínio da eficiência hídrica, incluindo o sistema de avaliação e classificação AQUA+.


Créditos da Notícia: Jornal Económico


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