Esta é a primeira (e única) agência de viagens vegetariana em Portugal | in "NiT"
- Lima com Pimenta
- 12 de ago. de 2019
- 4 min de leitura
A Macro tem para este ano rotas e experiências únicas, como budismo no Sri Lanka ou viagem de prática ao Butão e Nepal.
É a única agência de viagens vegetariana de Portugal. Isso mesmo, vegetariana. Isto quer dizer que, nas rotas e programas que organiza, sempre em regime de tudo incluído, apenas entram refeições vegetarianas — mesmo que a maioria dos clientes não siga este tipo de alimentação. E este ano há programas incríveis, fora da caixa, que ainda pode marcar. Sempre com este conceito.
Segundo os fundadores da Macro Viagens à NiT, a agência e o seu tema são mesmo uma questão de crenças, de estilo de vida, mais do que apenas da alimentação. Algo que também é expresso nos roteiros disponíveis para 2019 e 2020 que a agência está agora a promover: Índia, Sri Lanka, Butão, destinos e experiências de autor, sempre com espiritualidade, mística e sustentabilidade envolvidos.
Tudo começou em Julho de 2017 por um casal: Diana Chiu Baptista, de 38 anos, é natural do Porto e trabalhou 10 anos numa agência de comunicação. Actualmente é responsável pela comunicação e pela parte comercial na Macro Viagens, para além de liderar os grupos.
Igor Chiu Soares, de 34 anos, é natural de Ovar e trabalhou durante nove anos como gestor de projecto num gabinete de engenharia civil. Hoje em dia é responsável pela área financeira e pelo contacto com fornecedores, além de também liderar as viagens.
O conceito é muito simples: viagens de autor, realistas, éticas e vegetarianas. “Com experiências mais locais do que turísticas e contacto com diferentes tradições espirituais, especialmente com o Budismo”, explica Diana à NiT.
Como não poderia deixar de ser, a empresa tem um forte compromisso com uma política de Turismo Responsável, existindo desde o início da actividade uma preocupação com a minimização do impacto negativo do Turismo. Tanto que a agência obteve o certificado BIOSPHERE Responsible Tourism, já este ano.
Mas há mais, num enfoque na sustentabilidade que não é só ambiental. A Macro tem uma Bolsa de Viagens, o que quer dizer que dá oportunidade a quem não tem disponibilidade financeira de momento para que possa viajar: oferece uma bolsa por ano.
Além disso, todos os programas apoiam uma instituição (religiosa, social) local. Ou seja, após cada viagem é doada uma percentagem do lucro desse programa para uma associação do país para onde foi a viagem.
E depois há, claro, a vertente vegetariana: “Tanto eu como o Igor seguimos uma alimentação Macrobiótica (eu desde que nasci, o Igor depois de nos conhecermos). Aliás, o nome “Macro Viagens” vem de “Macrobiótica”. Por isso, não fazia sentido que nas viagens que organizamos não existisse essa preocupação”, conta Diana.
O facto de a agência ser vegetariana foi “um passo natural, logo de início”. Isto porque “a Macro Viagens é uma extensão dos nossos valores. Ou seja, não existe separação entre a nossa parte pessoal e a nossa parte profissional”.
Com todas as refeições vegetarianas e muitos clientes à partida sem o ser, o resultado tem sido impressionante. “É interessante porque há muitas pessoas que depois de viajarem connosco e de terem contacto com este tipo de alimentação mais compassiva, saudável e sustentável, fazem depois alterações na sua alimentação”, diz a fundadora.
Além disso, aqui viaja-se para países com uma forte tradição na comida vegetariana, o que é uma grande ajuda e permite ter acesso a refeições completas e equilibradas: “um terço da população da Índia, por exemplo, é vegetariana”, diz Diana.
E acrescenta: “Tanto eu como o Igor, temos uma grande preocupação com o impacto que cada escolha pode ter. E consideramos que uma alimentação vegetariana é mais sustentável, quer a nível ecológico, quer em termos de compaixão (por animais e por pessoas que não têm alimentos suficientes), quer no que diz respeito à saúde” As refeições são ainda, sempre que possível, com produtos locais e da época.
Quanto aos principais destinos e respectivos preços, há sete programas principais por ano, para países como Índia, Butão, Sri Lanka e Nepal. Neste momento, há vários programas com inscrições a decorrer: Índia Ayurveda; Índia Sul + Ashram; Butão + Nepal; e Sri Lanka – Budismo Theravada.
Todas as viagens têm tudo incluído, contando mesmo com voos internacionais e seguros de viagem. “Quem não quiser gastar mais do que este investimento, no destino, não precisa de o fazer”, explica a empresária.
As aventuras, normalmente de duas semanas, começam nos 2.090€ com tudo incluído. A viagem actualmente com o valor de investimento mais elevado é de 3.790€ para o Nepal e Butão. “Isto porque para entrar no Butão é necessário o pagamento de uma taxa diária por pessoa que encarece muito a viagem, para além dos seis voos internacionais necessários”.
Diana explica que a Macro prefere oferecer viagens com tudo incluído para que o viajante não tenha nenhuma surpresa (sabe que é aquilo que vai gastar e só gasta mais se quiser fazer compras, donativos, dar gorjetas). “Mas também gostamos de pagar os preços justos aos nossos fornecedores (que são sempre empresas de cariz familiar). Mesmo assim, conseguimos que os valores finais que apresentamos sejam inferiores aos das outras agências de Viagens de Autor e Escolas de Ioga”.
Os grupos são sempre pequenos, entre 10 a 18 pessoas. Para o Nepal + Butão são 10 (é a viagem que tem menos lugares disponíveis) e para o Sri Lanka são 18 (é a viagem com mais lugares disponíveis). As inscrições podem ser feitas online.
Créditos da Notícia: NiT