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Como ter uma alimentação (mais) amiga do planeta | in "Observador"

  • Foto do escritor: Lima com Pimenta
    Lima com Pimenta
  • 28 de mar. de 2021
  • 4 min de leitura

Para que a saúde e o planeta saiam beneficiados, não tem de eliminar por completo o consumo de carne. Só tem de moderar. Não sabe por onde começar? Leia o artigo que nós ajudamos.

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Ir às compras, preparar a refeição, sentar-se à mesa e comer. É algo que fazemos desde sempre, todos os dias, e muitas vezes nem perdemos tempo a pensar no impacto que as nossas escolhas alimentares podem ter na nossa saúde e na do planeta. Contudo, é um assunto que está cada vez mais na ordem do dia, resultado de uma maior consciencialização por parte dos consumidores. Por isso mesmo, o vegetarianismo e o veganismo já não são os únicos regimes alimentares que eliminam o consumo de carne ou peixe. Com a alteração de hábitos, surgiram outros movimentos que, embora não eliminem a 100% o seu consumo, incentivam uma redução — como o flexitarianismo. Saiba mais sobre os benefícios de aumentar o consumo de proteínas vegetais e que estratégias pode adoptar para fazê-lo sem mudanças radicais.


O que tem o planeta a ganhar?

Perante o risco que as alterações climáticas representam para o futuro da alimentação, e tendo em conta que a produção e o consumo de alimentos são uma das principais fontes de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), é fundamental que se adopte um novo paradigma, actuando a montante com medidas de captação de carbono ao longo das cadeias de produção — como práticas de agricultura regenerativa e políticas de reflorestação —, e a jusante, aumentando a oferta de produtos à base de plantas e incentivando um maior consumo de refeições de base vegetal.


Quanto aos consumidores, é importante que haja uma maior consciência relativamente ao impacto das suas escolhas e moderação na quantidade de proteína animal que consome. Este pequeno gesto pode ser muito significativo, ajudando a combater as alterações climáticas, a poluição dos solos, água e ar, perda de biodiversidade e muitos outros problemas ambientais. Por outro lado, o cultivo de vegetais requer muito menos recursos do que a criação de gado. Por exemplo, cultivar proteínas vegetais usa 11 vezes menos energia do que produzir proteína animal.

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Por onde começar?

Aumentar o consumo de refeições de base vegetal pode ser bem mais fácil do que aquilo que à primeira vista possa parecer. Comece por procurar algumas receitas vegetarianas em livros ou na internet, escolhendo as que lhe parecerem mais apetitosas, mas que, acima de tudo, sejam simples de preparar e não tenham ingredientes a que não está habituado. Depois, inclua progressivamente algumas refeições vegetarianas ao longo da semana, aumentando a sua frequência à medida a que se vai habituando a estes pratos.


É também importante referir que deve incluir na sua alimentação fontes de proteína vegetal, garantindo níveis adequados deste macronutriente e de micronutrientes como o ferro, zinco, vitamina D e B12; por exemplo: leguminosas (lentilhas, grão de bico, feijão), pseudo-cereais (quinoa, amaranto) e cereais integrais. Nas refeições em que a carne fizer parte da ementa, reduza o tamanho da porção, optando, por exemplo, por um bife mais pequeno. Se tem dúvidas quanto a este tipo de regimes alimentares, à base de proteínas vegetais, fale com um nutricionista. Ninguém melhor para o ajudar a fazer boas escolhas à mesa.


Comer vegetariano sem ser vegetariano

Com uma maior consciencialização sobre os efeitos de um consumo elevado de carne — para a nossa saúde e para o planeta —, foram surgindo também novos regimes alimentares que, embora não eliminem completamente o seu consumo, como acontece no vegetarianismo, implicam uma redução. É o caso do flexitarianismo, que surge da combinação das palavras “flexível” e “vegetarianismo”. Este tipo de dieta é adoptado por pessoas que seguem uma alimentação maioritariamente à base de produtos de origem vegetal, mas que ocasionalmente comem carne e peixe. Este tipo de alimentação é mais flexível que o vegetarianismo e que o veganismo, e, por isso, pode ser mais atrativa, sobretudo para pessoas que estão agora a começar a aumentar o consumo de refeições à base de proteínas vegetais.


Segundas-feiras sem carne

Pense nesta pergunta e responda com sinceridade: custa assim tanto passar um dia sem carne? Provavelmente, a resposta será “não”. Encare-o como uma oportunidade de experimentar novos pratos, texturas e sabores. Para incentivar as pessoas a dar o primeiro passo, a Garden Gourmet® está a dinamizar a VeggieMonday (#VeggieMondaybyGardenGourmet).


Este movimento tem como objectivo ajudá-lo a fazer de 2021 um ano mais saudável e sustentável, sem abdicar de pratos saborosos. E embora possa parecer que “só” um dia não tem assim tanto impacto, eliminar um prato de carne de vaca um dia por semana durante um ano poupa o equivalente às emissões produzidas por conduzir um carro ao longo de cerca de 560 km.


Agora, imagine se todos aderíssemos ao movimento segundas-feiras sem carne. E este é mesmo o melhor dia para colocar em prática este novo hábito. Investigações demonstram que estamos mais abertos a experimentar hábitos ou comportamentos saudáveis no início da semana.


Sem carne, com todo o sabor

A procura dita a oferta. Isto para dizer que com uma maior procura por alimentos à base de proteínas vegetais por parte do consumidor, o número deste tipo de produtos aumentou. Não é por acaso que encontramos cada vez mais alimentos vegetarianos nas prateleiras dos supermercados.


Créditos da Notícia: Observador


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